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Ago/Set | 2016 • N
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24 • Ano 6 • REVISTA UNIMED BR
“Eu sempre tive vontade de ter
filhos, em especial, uma me-
nina. Então, imaginava como
seria conversar com ela, como
seria o dia a dia. Eu sonhava em
ser pai. No começo é sempre di-
fícil. É muita coisa nova, e por
mais que as pessoas neguem,
um filho bagunça muito a vida,
mas depois ela se arruma. Você
precisa evoluir como homem e
pai pra dar conta da avalanche
de sentimentos e novas res-
ponsabilidades. A rotina hoje
é acordar sempre cedo, levar a
pequena à escola e ir trabalhar.
Até troquei de emprego para ter
mais flexibilidade, estou mais
próximo dos meus parentes e
vivendo a melhor fase da vida.
A maior realização que um ho-
mem pode ter é arrancar sorri-
sos dos seus filhos. Quero ser a
melhor lembrança para a mi-
nha filha.”
Jefferson Marinho, 32 anos, pai
da Helena Catharina e do blog
www.papaidemenina.com.br“Eu nunca tive muito jeito
com crianças. Lembro-me de
não pegar bebês no colo de
jeito nenhum, e quando uma
Jefferson trocou de emprego depois que Helena nasceu
Pai de Davi, Gabriel é “pai babão” assumido
criança sorria pra mim, eu fica-
va todo sem graça, sem saber o
que fazer! Eu tinha certo medo
de ser assim com meu próprio
filho, mas, mesmo durante os
primeiros meses de gravidez, o
vínculo que eu criei com o Davi,
ainda na barriga da mamãe, já
me mostrava que eu seria esse
pai babão que sou hoje! Ser pai
mudou meu jeito de ver as coi-
sas, meu jeito de ver as horas.
Mudou minha vida social: nos
raros momentos em que saímos
sozinhos, queremos voltar cor-
rendo pra casa. E nem é por sau-
dade da cria, é por sono mesmo!
Ser pai me trouxe preocupações
exageradamente diferentes, do
tipo: ‘Será que ele está respiran-
do?’. Ser pai pegou meu ego pe-
los pés, arrastou-o e o chutou-o
para bem longe! Sou um pai me-
lhor do que eu imaginei que eu
poderia ser. Hoje, sou melhor pai
do que era ontem.”
Gabriel dos Santos, 30 anos,
pai do Davi e do blog
www.papaisbananas.com.br