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REVISTA UNIMED BR • N

o

24 • Ano 6 • Ago/Set | 2016

PELO MUNDO

Exercício pode

anular efeito

nocivo da poluição do ar

Mais de 5,5 milhões de pessoas morrem de forma

prematura, todo ano, devido à poluição do ar, segun-

do dados do projeto Global Burden of Disease (Peso

Global das Doenças, em tradução livre). Muitas pes-

soas deixam de se exercitar, pois temem inalar gases

nocivos durante a prática de exercício e prejudicar

sua saúde. Porém, um estudo da Universidade de

Cambridge, na Grã-Bretanha, sugere que os benefí-

cios de ações ao ar livre para saúde, como andar de

bicicleta ou caminhar, são maiores do que os danos

causados pela eventual exposição. Os pesquisadores,

ao usarem simulações em computador para comparar

dados sobre tipos de atividades físicas e níveis dife-

rentes de poluição do ar em lugares espalhados pelo

mundo, descobriram que, para a média de concentra-

ção em áreas urbanas, o ponto de virada – quando os

riscos dos exercícios começam a superar os benefí-

cios – acontece depois de sete horas de ciclismo ou

16 horas de caminhada por dia. Atualmente, apenas

1% das cidades que estão no banco de dados da Or-

ganização Mundial de Saúde (OMS) sobre poluição

atmosférica têm níveis de poluição altos o bastante

para começar a anular os benefícios das atividades

físicas depois de meia hora de bicicleta, todos os dias.

Número de

diabéticos chega

a 400 milhões no mundo

O número de adultos com diabetes quadruplicou em

todo o mundo em menos de quatro décadas, chegan-

do a 422 milhões de casos. Um estudo da Organi-

zação Mundial de Saúde (OMS), divulgado em abril,

mostra que a situação está ficando especialmente

grave nos países mais pobres. Publicada pela revis-

ta científica

Lancet

, a pesquisa utilizou dados de 4,4

milhões de adultos em diferentes regiões do mundo

para estimar a prevalência de diabetes em 200 paí-

ses. De 1980 a 2014, constatou-se que a doença tor-

nou-se mais comum entre os homens do que entre

as mulheres, e as taxas de diabetes aumentaram sig-

nificativamente em países de renda per capita baixa

ou média, incluindo China, Índia, Indonésia, Paquistão,

Egito e México. Foi atestado ainda que o noroeste da

Europa tem os menores índices de diabetes para am-

bos os sexos, com prevalência ajustada por idade in-

ferior a 4% entre as mulheres e em torno de 5% a 6%

entre os homens na Suíça, Áustria, Dinamarca, Bélgi-

ca e Holanda. Nenhum país viu qualquer diminuição

significativa na prevalência de diabetes nos últimos

anos, e o aumento mais acentuado se deu nas ilhas

do Pacífico, no Oriente Médio e no Norte da África,

em países como Egito, Jordânia e Arábia Saudita. Os

dados também mostraram que, em 2014, metade da

população mundial de adultos diabéticos vivia em

apenas cinco países: China, Índia, Estados Unidos,

Brasil e Indonésia.