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REVISTA UNIMED BR • N

o

24 • Ano 6 • Ago/Set | 2016

EVENTOS

alternativas. Evidentemente, a

mudança não será da noite para

o dia. Na Federação Minas, por

exemplo, estamos trabalhando

a informação e divulgando para

todas as Singulares, no intuito de

conscientizá-las da importância

de se refletir sobre a mudança e

a economia que ela gerará.”

Multimorbidade

A palestra magna do Congresso,

ministrada por Rui Artur No-

gueira, presidente da Associação

Portuguesa de Medicina Geral e

Familiar (APMGF), abordou o te-

ma O Impacto da Multimorbida-

de no Sistema de Saúde.

Nogueira destacou a necessidade

de desenvolver novos modelos

de prestação de cuidados e apon-

tou as perspectivas futuras e os

obstáculos a serem enfrentados

com a multimorbidade, que cor-

responde à presença de duas ou

mais doenças crônicas, de forma

simultânea, em um indivíduo e já

atinge dois terços da população

idosa. “Temos que desenvolver e

adotar um novo paradigma. Os

pacientes não são mais a parte do

corpo que se encontra debilitada.

Precisamos ver a pessoa como

um todo”, enfatizou.

Segundo ele, o exercício de ver

a pessoa integralmente é mui-

to mais difícil, porém é essen-

cial devido à nova realidade do

modelo de saúde. “A população

está envelhecendo e, conse-

quentemente, surgirão mais ca-

sos de doenças. Isso não é uma

novidade. Precisamos ir além

das partes do corpo e começar

a enxergar o dono daquele cor-

po”, disse.

Na sequência da palestra magna

foi formada a mesa A Multimor-

bidade e a Economia em Saúde

– Necessidade de Estruturação

de Sistema que Busque Melho-

res Resultados, que reuniu André

Medici, economista especializa-

do em gestão da saúde e políticas

sociais; Luis Carneiro, superinten-

dente executivo do Instituto de

Estudos de Saúde Suplementar

(IESS); Luiz Gustavo Escada, coor-

denador do grupo de Educação

em Saúde do Comitê de Atenção

Integral à Saúde da Confederação;

e Guilherme Santos Crespo, dire-

tor de Provimento em Saúde da

Unimed Vitória. Eles debateram

sobre o sistema de saúde e anali-

saram a necessidade de mudança

domodelo e das políticas do setor.

Em seu segundo dia de evento, o

Congresso recebeu a americana

Mary Durham, vice-presidente

da Kaiser Permanente, na pa-

lestra sobre Gestão de Doenças

Crônicas e Multimorbidade. Ela

enumerou algumas iniciativas

realizadas pela maior empresa

de saúde privada dos Estados

Unidos, entre elas o sistema de

prontuário eletrônico do pacien-

te, que possibilitou executar o

serviço com maior qualidade.

“Se não tivéssemos implantado

esse sistema, não teríamos avan-

çado”, afirmou.

Mary destacou a relevância da

integração multidisciplinar no

tratamento do paciente, salien-

tando a importância do prontuá-

rio eletrônico para gerenciar es-

sas necessidades e compartilhar

as informações. “A segurança do

paciente é um processo que re-

quer tempo para ser aprimorado.

Mas, um dos pontos primordiais

para ela existir, é a integração clí-

nica. Se os profissionais não con-

versam, fica difícil assegurar que

erros não aconteçam”, salientou.

O evento promoveu ainda a mesa

A Multimorbidade e a Estrutu-

ração de um Elemento Central e

Regulador da Rede de Atenção na

Saúde Suplementar, com a pre-

sença de Nathércia Abrão, diretora

de Desenvolvimento de Serviços

em Saúde da Unimed Juiz de Fo-

ra; Paulo do Bem, superintendente

de Atenção à Saúde da Unimed

Vitória; André Cassias, médico

de família e integrante do Comi-

tê de Atenção Primária da Confe-

deração; e Luis Fernando Rolim,

médico e consultor na empresa

Idea Health. Já a mesa Qualidade e

Segurança do Paciente na APS da

Saúde Suplementar – Construindo

Um Sistema de Saúde Onde Todos

Rui Artur Nogueira

Edevard J. de Araujo