Revista Unimed - Edição 14 - page 59

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Dezembro | 2014 . N
o
14 . Ano4 . REVISTAUNIMEDBR
Pesquisadores do Brasil e do Ca-
nadá desenvolveram um novo pro-
tocolo de pesquisa para analisar os
efeitos do Alzheimer no cérebro. O
objetivoéauxiliarnosesforçospara
acuradadoença, queafetacercade
36milhõesdepessoasnomundo.
OgrupodaUniversidadeFederaldo
Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria
comaQueen'sUniversity, deKings-
ton, "recriou" os sintomas da pato-
logia emmacacos jovens que esta-
vam em um laboratório canadense.
A prática substitui o emprego de
animais idososnas investigações.
Agora, oscientistasaplicam toxinas
- oligômeros formados pelo pep-
tídeo (pequenos pedaços de pro-
teína) denominado beta-amiloide,
formados nos estágios iniciais do
Descasocomdepressão
maternapodecustar bilhões
A sociedade está pagando um alto
preço por não lidar adequadamen-
te comproblemaspsicológicosque
afetam gestantes emães de bebês
deatéumano.
A análiseédeumestudo feitopelo
Centro de Saúde Mental da Lon-
donSchool of Economics (LSE), que
concluiu que, se contabilizados to-
dos os nascimentos em um ano, há
um custo, em longo prazo, de 8,1
bilhões de libras (R$ 32,5 bilhões)
advindos de problemas psicológi-
cos maternos, como a depressão
pós-parto.
Segundo o estudo, uma em cada
cinco mulheres britânicas desen-
volve algum tipo de distúrbio psi-
cológico durante a gravidez ou nos
meses após o nascimento do filho.
Depressão, ansiedade e problemas
como esquizofrenia e bipolaridade
sãoalgunsdos riscos.
Para Annette Bauer, principal res-
ponsávelpeloestudo, asconclusões
da pesquisa são vitais para a eco-
nomia e para a sociedade como um
todo, especialmente devido ao po-
tencial impacto negativo que esses
problemaspodem ternascrianças.
NoBrasil, assimcomonoReinoUni-
do, cerca de 20% dasmulheres de-
senvolvem algum tipodeproblema
psicológico nesse período. Embora
nãohajaumapesquisaampla sobre
o tema, umestudodaFundaçãoOs-
waldo Cruz (Fiocruz) mostrou que
a depressãomaterna foi detectada
em26%dasmães entre6e 18me-
ses após o parto, sendo mais fre-
quente entre as mulheres de baixa
condição social e econômica, nas
pardas e indígenas, nas mulheres
sem companheiro, que não dese-
javam a gravidez ou que já tinham
trêsoumais filhos.
Brasileiroscriammétodo
paraestudar danosdoAlzheimer
Alzheimer - em cobaias com idade
entre 9 e 16 anos. O desenvolvi-
mento da doença está relacionado
aoexcessodessa toxinanocérebro.
De acordo com Fernanda De Felice,
umadasautorasdoestudo, aneces-
sidadedeusarosprimatassedeveà
semelhança como cérebrohumano.
Antes, segundo ela, foram feitos vá-
riosexperimentos referentesao tra-
tamento do Alzheimer em roedores
eoêxitodesses testesnão se repe-
tiram quando aplicados em pacien-
teshumanos.Por isso, anecessidade
deoutromodelodepesquisa.
Ousode animais em experimentos
científicos é um tema delicado no
Brasil. No entanto, ainda nãohá um
substituto ao animal em pesquisas
voltadasaoAlzheimer.
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