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REVISTA UNIMED BR • N
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15 • Ano 5 • Fevereiro/Março | 2015
SAÚDE EM PAUTA
Distúrbios Alimentares
É recomendável evitar alimen-
tos industrializados e medica-
mentos que prometem a redu-
ção de peso, a não ser em casos
de obesidade mórbida.
Ortorexia Nervosa
O excesso de cuidados com
o que se come também po-
de se tornar uma obsessão, o
que constitui um novo tipo de
transtorno. O indivíduo acaba
pecando pelo exagero das suas
convicções e passa horas re-
grando sua alimentação e pen-
sando no que comerá. O prazer,
neste caso, não está na ingestão
do alimento, mas em seguir
uma dieta rigorosa.
Os danos vão desde a deficiência
de alguns nutrientes, o que cau-
sa, por exemplo, anemia, ao iso-
lamento social. O indivíduo aca-
ba se afastando por não encon-
trar pessoas que compartilhem
de seus hábitos ou, até mesmo,
para poder se dedicar mais a
suas refeições.
Anorexia e Bulimia
Casos de anorexia e bulimia têm
se tornado mais comuns por con-
ta da busca pelo corpo perfei-
to e pela necessidade de seguir
padrões de beleza. A bulimia é
caracterizada pela compulsão
alimentar, seguida pela indução,
na maioria dos casos, de vômitos,
ou uso de laxante, cafeína, cocaí-
na e de dietas inadequadas. Tudo
isso tendo como meta a perda
de peso. Já a anorexia está asso-
ciada a uma magreza excessiva,
causada por longos períodos sem
Obesidade
A obesidade não é uma novida-
de. Porém, o número de obesos
vem crescendo ano a ano e as-
sumindo proporções epidêmi-
cas. A situação é preocupante
e fez com que a Organização
Mundial da Saúde (OMS) clas-
sificasse a obesidade como
doença. De acordo com pesqui-
sa divulgada pelo Ministério
da Saúde em 2014, quase meta-
de da população brasileira está
acima do peso.
Causada pela ingestão de ali-
mentos com excesso de gordu-
ra e açúcar e pela ausência de
atividade física, a obesidade é
uma doença crônica responsá-
vel por gerar outros problemas,
como diabetes, hipertensão e
enfermidades cardíacas.
Quando ocorre com crianças, o
fato é ainda mais preocupante.
De acordo com o endocrinolo-
gista da Unimed Curitiba Mauro
Scharf Pinho a obesidade infantil
está crescendo assustadoramen-
te e, por isso, recomenda-se boas
práticas alimentares desde cedo.
“A amamentação é muito im-
portante para a criança. Suspen-
dê-la antes dos seis meses e dar
alimentos comuns só é válido
sob orientação médica, pois não
é recomendável. Os pais, muitas
vezes, não têm consciência, mas
o transtorno alimentar se inicia já
nesta idade”, comenta Pinho, res-
saltando a importância de os pais
incentivarem a criança a brincar
e interagir com outros jovens:
“Hoje em dia, o público infantil
já cresce aficionado pela tecno-
logia, o que gera um desinteresse
em realizar atividade física”.
alimentação ou pelo abuso de
técnicas purgativas, como vômi-
tos, laxantes e diuréticos.