Previous Page  34 / 68 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 34 / 68 Next Page
Page Background

34

REVISTA UNIMED BR • N

o

15 • Ano 5 • Fevereiro/Março | 2015

SAÚDE EM PAUTA

Distúrbios Alimentares

É recomendável evitar alimen-

tos industrializados e medica-

mentos que prometem a redu-

ção de peso, a não ser em casos

de obesidade mórbida.

Ortorexia Nervosa

O excesso de cuidados com

o que se come também po-

de se tornar uma obsessão, o

que constitui um novo tipo de

transtorno. O indivíduo acaba

pecando pelo exagero das suas

convicções e passa horas re-

grando sua alimentação e pen-

sando no que comerá. O prazer,

neste caso, não está na ingestão

do alimento, mas em seguir

uma dieta rigorosa.

Os danos vão desde a deficiência

de alguns nutrientes, o que cau-

sa, por exemplo, anemia, ao iso-

lamento social. O indivíduo aca-

ba se afastando por não encon-

trar pessoas que compartilhem

de seus hábitos ou, até mesmo,

para poder se dedicar mais a

suas refeições.

Anorexia e Bulimia

Casos de anorexia e bulimia têm

se tornado mais comuns por con-

ta da busca pelo corpo perfei-

to e pela necessidade de seguir

padrões de beleza. A bulimia é

caracterizada pela compulsão

alimentar, seguida pela indução,

na maioria dos casos, de vômitos,

ou uso de laxante, cafeína, cocaí-

na e de dietas inadequadas. Tudo

isso tendo como meta a perda

de peso. Já a anorexia está asso-

ciada a uma magreza excessiva,

causada por longos períodos sem

Obesidade

A obesidade não é uma novida-

de. Porém, o número de obesos

vem crescendo ano a ano e as-

sumindo proporções epidêmi-

cas. A situação é preocupante

e fez com que a Organização

Mundial da Saúde (OMS) clas-

sificasse a obesidade como

doença. De acordo com pesqui-

sa divulgada pelo Ministério

da Saúde em 2014, quase meta-

de da população brasileira está

acima do peso.

Causada pela ingestão de ali-

mentos com excesso de gordu-

ra e açúcar e pela ausência de

atividade física, a obesidade é

uma doença crônica responsá-

vel por gerar outros problemas,

como diabetes, hipertensão e

enfermidades cardíacas.

Quando ocorre com crianças, o

fato é ainda mais preocupante.

De acordo com o endocrinolo-

gista da Unimed Curitiba Mauro

Scharf Pinho a obesidade infantil

está crescendo assustadoramen-

te e, por isso, recomenda-se boas

práticas alimentares desde cedo.

“A amamentação é muito im-

portante para a criança. Suspen-

dê-la antes dos seis meses e dar

alimentos comuns só é válido

sob orientação médica, pois não

é recomendável. Os pais, muitas

vezes, não têm consciência, mas

o transtorno alimentar se inicia já

nesta idade”, comenta Pinho, res-

saltando a importância de os pais

incentivarem a criança a brincar

e interagir com outros jovens:

“Hoje em dia, o público infantil

já cresce aficionado pela tecno-

logia, o que gera um desinteresse

em realizar atividade física”.

alimentação ou pelo abuso de

técnicas purgativas, como vômi-

tos, laxantes e diuréticos.