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REVISTA UNIMED BR • N
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15 • Ano 5 • Fevereiro/Março | 2015
SAÚDE EM PAUTA
melanoma, tumores da tireoide,
do sistema linfático, linfoma e do
sistema nervoso central.
É ainda mais preocupante quan-
do se trata de radiação em crian-
ças, que possuem três vezes mais
sensibilidade aos efeitos da ra-
diação ionizante, emitida pela
radiografia e pela tomografia.
Segundo a radiologista da Uni-
med Sorocaba Mônica Bernardo
o dano pode ser irreversível, sen-
do maior quanto mais jovem for
a criança.
A especialista observa que, pelo
fato desse tipo de exame ser de
fácil execução, é muito comum
que os pediatras o solicitem. Se,
por um lado, os pais e os médi-
cos ficam mais seguros com a
avaliação e a documentação por
imagem, a exposição à radiação
não é inócua.
“A maior disponibilização
de pronto-atendimentos,
a ansiedade dos pais
em resolver de maneira
rápida e segura o
problema da criança e a
insegurança dos médicos
assistentes, que têm de
resolver e garantir de
forma documental que
fizeram o atendimento
adequado aos
pacientes, fomentaram o
crescimento dos pedidos
de exames radiológicos
e fizeram aumentar o
risco dos efeitos e suas
complicações”, observa
a especialista Mônica
Bernardo.
Programa de proteção
É compreensível a preocupação
dos pais após, por exemplo, uma
queda do filho. De imediato, os
próprios pais buscam urgência
e, na maioria das vezes, que-
rem a realização de exames que
comprovem que está tudo bem.
É preciso estar ciente de que o
procedimento só deve ser rea-
lizado por decisão médica, após
relato franco sobre todos os as-
pectos que envolvam o acidente
e exame clínico do paciente.
Pensando na questão dos perigos
da radiação, a Unimed do Brasil
lançou o programa de proteção
Mônica Bernardo, radiologista
da Unimed Sorocaba, cuja
dissertação do Mestrado
abordou campanha de
radioproteção e revisão dos
efeitos da radiação em crianças