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Out/Nov | 2015 • N

o

19 • Ano 5 • REVISTA UNIMED BR

Em sua opinião, o que

caracteriza uma reputação

excelente? É algo relacionado

somente à qualidade de

produtos e serviços oferecidos?

A reputação é um vínculo emo-

cional que se traduz no grau de

admiração, confiança, respeito

e empatia adquirido pela orga-

nização e um julgamento feito

em função daquilo que ela pro-

mete. Para uma empresa ter boa

reputação, necessariamente pre-

cisa atender às expectativas nos

aspectos de produto e serviço,

inovação, ambiente de trabalho,

governança, cidadania, liderança

e desempenho financeiro.

Em uma instituição como a

Unimed, é preciso primeiro en-

tender se o que está previsto no

contrato de prestação de serviço

está claro e atende prontamente

ao que eu preciso.

É possível medir temas

abstratos que compõem uma

reputação, como admiração

e credibilidade? Existem

indicadores?

Avaliamos a construção emo-

cional, o grau de admiração, de

confiança, de empatia, de respei-

to e, ainda, atributos racionais.

A empresa de melhor reputação

é aquela da qual as pessoas não

apenas compram produtos e ser-

viços como também investem.

Todos esses são comportamentos

decorrentes do grau de reputação.

E como ela é um diferencial

competitivo?

As vantagens competitivas de

uma organização são itens, co-

mo aquisição de nova tecnolo-

gia, acesso a recursos que outra

empresa não tem, patente etc.

E a reputação cumpre as ca-

racterísticas de uma vantagem

competitiva, com o diferencial

de que não se pode copiar. Eu

posso imitar o design ou outra

coisa, mas não a reputação, por-

que ela se sustenta associada à

identidade. Não se copia, não se

transfere e não se adquire.

Diante de uma crise, como a

empresa deve se portar para

preservar sua reputação?

Cada crise é uma crise, não dá

para generalizar. A primeira pos-

tura é falar a verdade. E rápido. A

segunda é assumir a culpa quan-

do for culpada.

Há algum tipo de erro

imperdoável do ponto de vista

da reputação?

Tudo aquilo que coloque em

cheque a sua credibilidade.

O que caracteriza as atuações

específicas de gestores e

colaboradores na construção de

uma boa reputação?

A reputação começa dentro de

casa e tem início com comporta-

mentos e atitudes das principais

lideranças, como respeito ao

empregado, abertura para o diá-

logo, relação de confiança com o

funcionário. Se os colaboradores

não admirarem e respeitarem a

organização, ela provavelmente

terá dificuldade de ser percebi-

da externamente.

O público está mais crítico?

Por quê?

Os grupos de relacionamento es-

tão mais críticos: clientes, forne-

cedores, médicos, donos de hos-

pitais, cooperados. É uma rede de

grupos de relacionamento e temos

que entender o que agrega valor

no relacionamento de cada um.

Como avaliar a reputação do

setor de saúde público e privado

no Brasil? Quais são atualmente

os principais desafios dessa

construção?

A reputação de uma empresa es-

tá sempre associada à do setor,

para o bem ou para o mal. Quan-

do uma organização tem proble-

mas, afeta o setor como um todo.

O contexto do setor de saúde no

Brasil está associado a temas, co-

mo envelhecimento da popula-

ção, acesso a medicamentos, no-

vos procedimentos hospitalares,

inovação dos hospitais. É preciso

entender quais são as questões,

hoje, da saúde pública e privada

no País. Elas se relacionam. Não

dá para desvincular.

A Unimed é um sistema

cooperativista, sob uma mesma

marca, mas com organizações

independentes, representadas

institucionalmente pela

Unimed do Brasil. Como essas

atuações distintas impactam

na reputação da marca Unimed

e qual é o papel da Unimed do

Brasil nesse cenário?

Quando as pessoas avaliam uma

Unimed, não diferenciama gestão.

Como a marca é única e corporati-

va, quando eu falo de Unimed não

estou me referindo a Belo Hori-

zonte, São Paulo ou Rio de Janeiro.

É a Unimed. Amarca é única e não

tem como se desvincular. O pro-

blema de uma afeta a outra.

“Quando as pessoas

avaliam uma Unimed,

não diferenciam a

gestão. A marca é

única e não tem como

desvincular. O problema

de um afeta o outro.”