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REVISTA UNIMED BR • N
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24 • Ano 6 • Ago/Set | 2016
Unimed do Brasil apresenta projeto
à Organização das Cooperativas Brasileiras
Especialistas
mapeiam
o futuro das estatísticas
do cooperativismo
A Aliança Cooperativa Internacional (ACI), os representantes de
cooperativas, os especialistas em estatísticas nacionais e glo-
bais e as agências da Organização das Nações Unidas (ONU) se
reuniram em Roma, na Itália, para discutir as estatísticas coope-
rativistas e desenvolver um roteiro para melhorar a qualidade e
a consistência de dados. Com a Agenda para o Desenvolvimento
Sustentável de 2030 fazendo parte da estratégia de cada país,
dados confiáveis e de qualidade serão prova de valor inestimá-
vel para a comunidade global de como as cooperativas con-
tribuem para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentáveis. Os participantes aprenderam sobre os resultados
e os desafios de iniciativas em curso para recolher informações
sobre as cooperativas, incluindo estudos de casos e trabalho
de mapeamento realizados pela Organização Internacional do
Trabalho e Organização para a Alimentação e Agricultura das
Nações Unidas (FAO). Eles também refletiram sobre a importân-
cia de progressos a respeito das estatísticas antes da 20
a
Con-
ferência Internacional dos Estatísticos do Trabalho (ICLS), que
acontece em outubro de 2018, e encerraram a sessão com um
roteiro para prosseguir os trabalhos, com itens como a criação
de definições estatísticas e operacionais para apresentar à con-
ferência e de umgrupo de trabalho sobre a questão, coordenado
pela Comissão para a Promoção e Progresso das Cooperativas
(Copac), dos quais a ACI é atualmente parte integrante.
Países de Língua
Portuguesa
discutem criação de rede
internacional
Representante do cooperativismo brasileiro, o su-
perintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, par-
ticipou do primeiro Congresso de Economia Social
e Solidária dos Países Lusófonos, organizado pela
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em
Cabo Verde, na África. O objetivo é a criação de um
quadro de referência comum para políticas públi-
cas de promoção de economia social e solidária no
âmbito dessas comunidades. “Se a sociedade civil
organizada, por meio das associações da economia
social e solidária, participa da criação de condições
político-institucionais, jurídicas e econômicas, essas
organizações poderão contribuir para o processo de
desenvolvimento das nações”, avalia Jacinto Santos,
presidente do Citi-Habitat, entidade organizadora
do congresso. Segundo Santos, essa rede lusófona
de economia social e solidária será a entidade cujas
funções envolverão desde coordenar a implementa-
ção das deliberações nos parlamentos até o apoio às
redes nacionais na sua afirmação em articulação com
os governos. Além das discussões, os congressistas
tiveram a oportunidade de fazer parte das três visitas
técnicas que apresentaram as boas práticas cabo-
verdianas emmatéria de economia social e solidária.
O presidente da Unimed do Brasil, Eudes de Freitas Aquino, e o superinten-
dente Regulatório-Operacional da Confederação, Adriano Leite Soares, apre-
sentaram recentemente à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB),
em Brasília, projetos em âmbito nacional para posterior compartilhamento
com a Organização Cooperativista dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP)
e a Aliança Cooperativa Internacional (ACI). As iniciativas incluem educação a
distância (com treinamentos sobre cooperativismo, gestão financeira, gover-
nança, cultura exportadora, gestão da marca e RH, dentre outros), cursos de
imersão, realização de uma feira de intercooperação, rodada de negócios en-
tre cooperativas e construção de uma plataforma cooperativista de e-com-
merce. Na ocasião, também expuseram o Programa Qualifica Unimed, o tra-
balho de governança cooperativa e as ações de sustentabilidade promovidas
pelo Sistema Unimed. A Unimed propôs ainda o incentivo à participação das
cooperativas de todos os ramos para o projeto multipatrocinado, que seria
capitaneado pela OCB.
Eudes de Freitas Aquino