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REVISTA UNIMED BR • N

o

24 • Ano 6 • Ago/Set | 2016

saúde em pauta

De olho nas estimativas e nas perspectivas, o CAS

da Unimed do Brasil promoveu o 3

o

Congresso

Nacional Unimed de Atenção Integral à Saúde, em

Belo Horizonte (MG), de 1

o

a 3 de junho, com foco

no aprimoramento de processos e na capacitação

de pessoas para vencer grandes desafios e enfren-

tar o fenômeno da multimorbidade, visando a um

manejo adequado das condições crônicas de saú-

de cada vez mais prevalecentes na população lon-

geva. “A preocupação do CAS para esse congresso

foi discutir o tema e quais os desafios que essa

condição traz ao Sistema Unimed. Acredita-se

que nosso sistema fragmentado de atenção à saú-

de não seja capaz de responder adequadamente a

essa realidade crescente. É preciso um novo pa-

radigma, e espelhar-se nos melhores modelos de

assistência à saúde no mundo é a forma mais inte-

ligente de formatar propostas para a mudança. A

resposta para o problema da multimorbidade leva

à necessidade de um sistema de saúde organizado,

criação de redes de assistência, orientação do per-

curso assistencial, formas de remuneração médica

e equipe orientada para melhores resultados, re-

dução de desperdícios e cuidados desnecessários

que podem ser até danosos. A Unimed do Brasil já

conta com expertise e conhecimento aprofunda-

dos para a implantação desse modelo ao qual está

sendo chamado de Atenção Integral à Saúde e pro-

piciou esse congresso para embasar de forma cien-

tífica e tornar a mudança de modelo uma realidade

no Sistema todo”, afirma André Cassias.

Principais doenças

As doenças crônicas quemais afetampacientes com

multimorbidade são doenças cardíacas (hiperten-

são e insuficiência cardíaca), diabetes, doenças pul-

monares (enfisema e asma), além de enfermidades

mentais comuns (depressão e ansiedade). “Inúme-

ras patologias crônicas podem ocorrer simultanea-

mente no idoso: doenças cardíacas, dislipidemia,

osteoartrite, osteoporose, depressão, demências,

dificuldades visuais e auditivas, câncer etc. Em um

estudo recente realizado pela Universidade Federal

de Pelotas (RS), com 1.593 pessoas, a prevalência

de multimorbidade foi de 81,3% para duas ou mais

doenças e 64% para três ou mais. Hipertensão arte-

rial e alterações degenerativas na coluna foram as

doenças mais prevalentes. Somente 6% dos idosos

entrevistados não tinham doenças”, conta Roberto

Bigarella, médico geriatra da Unimed Nordeste-RS.

Como prevenir

Há muito tempo que estudos demonstram uma

associação de enfermidades crônicas, como hiper-

tensão, diabetes, enfisema e até mesmo depressão

com hábitos de vida pouco saudáveis, como tabagis-

mo, etilismo, má alimentação e falta de exercícios.

“A prevenção da multimorbidade se faz com inter-

venções de prevenção e promoção de saúde visan-

do à eliminação ou ao controle de fatores de risco de

doenças crônicas não transmissíveis, com alimenta-

ção saudável, cessação do tabagismo, realização de

atividade física regular (mínimo de 150 minutos por

semana, divididos em três oumais vezes), cessação do

etilismo e controle do estresse”, explica Inês Cláudia