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REVISTAUNIMEDBR . N
o
21 . Ano6 . Fev/Mar | 2016
saúdeempauta
Algunsboatos também seespa-
lharam nas redes sociais, prin-
cipalmente no que diz respeito
à transmissão da doença. Como
publicou o jornal
Zero Hora,
conforme os especialistas Laví-
nia Schüler-Faccini, presidente
da Sociedade Brasileira de Ge-
nética Médica e professora da
UFRGS, e Paulo Behar, chefe do
serviçode infectologiadaSanta
Casa de Misericórdia de Porto
Alegre, até hoje foram raros os
casos documentados indican-
do que o zika pode ser trans-
mitido pelo sexo. O vírus tem
características biológicas pa-
recidas com a dengue e a febre
amarela e, para essas doenças, a
transmissão sexual não tem re-
levânciacomoalertaparasaúde
pública. Em relaçãoao leitema-
terno, especialistas indicamque
é um risco empotencial, porém
ainda faltam evidências cientí-
ficas para comprovação. Nãohá
motivopara interromperaama-
mentação sem indicaçãomédi-
ca. Omaior sinal dealerta sobre
a transmissão do zika continua
sendo pelo mosquito vetor, o
Aedes aegypti
.
No reforço desses esclareci-
mentos, estão dois estudos: o
primeiro, publicado na revista
científica
Emerging Infectious
Diseases,
em maio de 2011,
relata o caso de um cientista
americanoque, aovoltar do Se-
negal para os Estados Unidos,
em 2008, quando o país afri-
cano era acometido pelo surto
do zika vírus, desenvolveu os
sintomasda infecção jáemcasa,
noestadodoColorado.O fatode
sua mulher, que não saíra dos
EUA, também ter sido infectada
pelo zika foi interpretado pelos
pesquisadores comoum indício
de uma possível transmissão
sexual - pelo sêmen - do vírus.
O segundo estudo, publicado
