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REVISTA UNIMED BR • N
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24 • Ano 6 • Ago/Set | 2016
NO ALVO
A família brasileira se multiplicou, e o modelo tradi-
cional deixou de ser dominante no País. De acordo
com o censo demográfico do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), os casais com filhos ti-
veram uma redução na proporção: de 51%, em 2004,
passou a 42,9% do total, em 2014, e, consequente-
mente, houve um aumento no número dos outros
tipos de arranjos familiares, como os casais sem fi-
lhos e as pessoas que vivem sozinhas – que ganha-
ram importância nas estatísticas. O arranjo familiar
formado por casal sem filho se tornou, nos últimos
anos, o segundo em participação, chegando a 19,9%
em 2014. No ano anterior, o número estava em 19,4%
e, dez anos antes, em 14,7%. Em 2004, as pessoas que
viviam sozinhas eram 10% dos arranjos familiares.
Em 2014, eram 14,4%. Assim, o perfil da família brasi-
leira continua se transformando, no ritmo dos novos
tempos. Já em 2010, o IBGE havia listado 19 laços de
parentesco, contra 11 em 2000. O número dos novos
lares, naquele ano, somavam 28.647 milhões, ou seja,
28.737 a mais do que a formação clássica.
Divisão de tarefas
Com as novas formações dentro de casa, a tradicio-
nal divisão de responsabilidade também mudou e se
molda de acordo com a configuração do núcleo fa-
miliar. Isso foi o que mostrou um estudo conduzido
pela MultiFocus Inteligência de Mercado, a partir de
441 entrevistas em painel online com chefes de fa-
mílias, separando os arranjos em cinco tipos: Paren-
tal – formado por casais hétero, com ou sem filhos, e
sem filhos de casamentos anteriores; Pluriparental –
casais com filhos de outros relacionamentos moran-
do na mesma casa; Anaparental – pessoas sem filhos
que dividem apartamento com amigos ou parentes
sem filhos; Uniparentais – pai ou mãe que vivem com