Previous Page  17 / 68 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 17 / 68 Next Page
Page Background

17

Ago/Set | 2016 • N

o

24 • Ano 6 • REVISTA UNIMED BR

seus filhos em casa, sem a presença do companhei-

ro ou ex-companheiro; e Homoparental – pessoas

do mesmo sexo vivendo em união amorosa, com ou

sem filhos morando junto. “Os resultados do estudo

indicam que os novos agrupamentos familiares estão

mudando não somente a forma que a renda familiar

é composta, mas como ela é alocada para as despesas

da vida em família e quem exerce o papel de decisor

de consumo nos diferentes núcleos”, complementou.

Os novos decisores

“Sem dúvida, a estruturação do consumo está rela-

cionada a vários fatores, mas é influenciada, princi-

palmente, pelas particularidades de estilo de vida,

composição demográfica e estrutura das famílias. As

características gerais de cada um dos arranjos fami-

liares, como a relação entre as pessoas que os cons-

tituem, a presença de pessoas dependentes e ativas

economicamente, o perfil de sexo do seu ‘chefe de

família’, entre outras, podem influenciar de maneira

decisiva o perfil de consumo das unidades familia-

res”, explicou. Por isso, as companhias estão de olho

nos comportamentos para conseguir segmentar suas

ofertas e entregar valor genuíno ao target (público-al-

vo), sem recair em preconceitos e estereótipos que já

foram ultrapassados. “Essas novas composições de

receita familiar, compartilhamento das despesas e

poder de decisão sobre o consumo abrem portas para

se pensar na necessidade de um olhar mais segmen-

tado para a oferta de produtos, serviços, formas de

comercialização, sistemas de pagamento e caminhos

de conexão com aqueles que compõem os novos nú-

cleos familiares”, completou a executiva.

Uma análise do

gerenciamento do consumo

nos diferentes arranjos

familiares aponta para quatro

tendências importantes.

Fique de olho!

1. A fragmentação dos papéis do

homem e da mulher nas decisões de

consumo e nos papéis de shopper

(comprador, em inglês, e que, no

universo do marketing refere-se ao

cliente que pensa, pondera e decide

a sua compra a partir de avaliação

criteriosa). Categorias, antes,

claramente dirigidas ao homem ou

a mulher, hoje podem estar com os

papéis invertidos se considerarmos,

por exemplo, o crescimento dos

núcleos Monoparentais masculinos

ou Homoparentais.

2. Uma tendência cada vez maior

de necessidades e preferências

individuais dentro de uma mesma

família, gerando uma procura por

produtos porcionados, ofertas de

serviços mais modulares e adequados

a composições, como as dos núcleos

Pluriparentais ou Anaparentais.

3. Famílias plurais trazem novas e

diferentes composições da receita e

das despesas. Com isso, a demanda

por diferentes soluções de custeio

e investimento compartilhado deve

ser crescente nos próximos anos em

todos os setores: serviços de saúde,

entretenimento, tecnologia, serviços

financeiros e transporte seriam

alguns deles.

4. Finalmente, os novos arranjos

familiares representam uma mudança

de costumes e paradigmas. O grande

desafio do futuro é a priorização – por

parte das empresas – de práticas não

preconceituosas ou de pré-julgamento

no atendimento ao cliente. E, aqui, não

estamos nos referindo somente ao

núcleo Homoparental, mas a todos os

novos perfis de clientes identificados

no estudo.