Revista Unimed - Edição 14 - page 31

31
Dezembro | 2014 . N
o
14 . Ano4 . REVISTAUNIMEDBR
D
esde a popularização
dousode
smartphones
,
ficou ainda mais fácil
acessar as diversas redes sociais
e, com isso, atualizar-seminutoa
minutosobreosprincipaisacon-
tecimentosdoBrasiledomundo
e semanter em contato com fa-
miliareseamigos.
O que pode significar informa-
ção atualizada e crescente inte-
resse pelos temas que pautam
o nosso cotidiano, além de uma
forte interação social, também
levantadiscussões:quandoouso
dessas redes é excessivo? Estar
conectado100%do tempoéuma
vantagemouumproblema?
No ambiente corporativo, este
aindaéumdebateemandamen-
to. Ainda que muitas empresas
bloqueiem o acesso em seus es-
critórios, impedirousodoscelu-
laresémaiscomplicado.
"Há companhias que acreditam
que as redes sociais prejudicam
o rendimento dos funcioná-
rios. Em alguns casos é verdade,
certas pessoas não conseguem
encontrar o equilíbriono geren-
ciamentodo tempopor causade
distrações, como a possibilidade
de estar o tempo todo conecta-
do com amigos.Mas trata-se de
uma questão que as empresas
precisam aprender a tratar e fa-
zerum trabalhodeeducaçãodos
seus colaboradores. Mesmo que
bloqueiem as mídias sociais, as
pessoas ainda terão acesso via
smartphone.
E lidar com o con-
trole do dispositivo móvel, que
é propriedade do colaborador, é
muitomais delicado", pondera a
coordenadora deMídia e Inteli-
gênciadaVert InteligênciaDigi-
tal,KatiaFurtado.
De acordo com uma pesquisa
elaboradapelaconsultoraemRe-
cursosHumanosEvaHirsch, pela
Cristina Panella Planejamento e
Pesquisa e pela agência LeadPix,
sete em cada dez pessoas se co-
nectam às redes no trabalho e
acreditam saber conciliar o tem-
po de suas atividades com esses
momentos de lazer. Entretanto,
71%dos 1.200 entrevistados afir-
maram que seus colegas perdem
aconcentraçãoeo rendimentoao
fazer omesmo. O estudo aponta
tambémque39%dopúblicoana-
lisado está em companhias que
restringemoacessoaesses
sites.
ÉocasodePauloSilva,empregado
porumaorganizaçãoqueproíbeo
usoderedessociais.Ele,querelata
utilizá-las várias vezes ao dia,
pelo celular e pelo computador,
em casa, no escritório e até no
trânsito, sente falta quando não
pode consultá-las. "O rendimen-
to pode ser prejudicado se forem
usadassemmoderação.Creioque
usá-lascomconsciênciaéomes-
moque ir tomar um caféou ir ao
banheiro. Émais uma das possí-
veis válvulas de escape durante
o expediente", opina. Paulo crê
quepodeperder informações im-
portantes no tempo em que fica
desconectado. Foi assim em ou-
tubro, duranteaseleições.
Recuperar temas perdidos lo-
go que voltamos a ficar
online
é normal. O problema come-
ça quando esse tempo alheio
causa forte desconforto. O sen-
timento tem até nome:
fear of
missing out
(Fomo, na sigla em
inglês, ou medo de perder al-
guma coisa, em tradução livre),
que caracteriza também outras
situações em que estamos per-
dendo ou não alcançando algo
pessoal ouprofissional.
Neste caso, o Fomo atinge algu-
mas pessoas que sentem forte
ansiedade quandonão estão co-
nectadas ou só de pensar nessa
possibilidade. Alguém que não
sofredo
fearofmissingout
pode
até ficarcuriosoparasaberoque
está acontecendo se abateriado
celularacabar,masvai continuar
suasatividadesnormalmenteaté
encontrar uma formade carregá
-la. Já os demais não consegui-
riamprosseguircomsuas tarefas
1...,21,22,23,24,25,26,27,28,29,30 32,33,34,35,36,37,38,39,40,41,...68
Powered by FlippingBook