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vemVIVER
abril2015
Ideiasdevalor
do jantar, em jogos e em viagens. Para a psicóloga SarahCosta,
sem respeito e sem confiança, as relações seguem por um ca-
minhopermeadopor conflitos.
Nãodeucerto. Eagora?
Segundoo IBGE, onúmerode divórcios aumentou20% emdez
anos. Para evitar que os filhos sofram com a falta do pai ou da
mãe, existe a possibilidade de adotar a guarda compartilhada,
na qual as crianças ficam sob a responsabilidade dos dois em
diaseemhoráriosalternados.
Em 2014, uma mudança no Código Civil estipulou que os
juízes estão aptos a conceder amodalidademesmoque os pais
não cheguem a um consenso. Por isso, é essencial conversar
comosfilhoseexplicar queospaisvãomorar emcasasdiferen-
tes, mas não significa que eles não gostemmais dos pequenos.
"Esse tipodeguardaé interessante apenas seo convívioentreo
pai eamãe for saudável, positivoebemestruturado", dizSarah.
Oamornãotemsexo
De acordo com o mesmo Censo, o Brasil conta commais de
60 mil casais homossexuais. A pequena Laura, atualmente
com quatro anos, vive essa realidade. Soropositivo, conheceu o
abandonodesdecedoeestavaembuscadeumnovo lar.
A jornalistaVivianFiorioeagestorafinanceiraCamiladeSouza
tinham se casado recentemente e sonhavam em formar uma
família composta por muitos filhos. Elas até se mudaram de
São Paulo (SP) para Curitiba (PR) com
o intuito de oferecer uma qualidade de
vidamelhorparaascrianças.
O caminho até Laura ficou cada vez
mais curto e, em apenas três meses, a
adoção foi concedida. "Não sofremos
nenhum tipo de preconceito. Pelo con-
trário, a assistente social disse que o
amor de duas mães era o melhor re-
médio para ela", comentam. Elas gosta-
ram tanto da experiência que adotaram
Nicolas, deumanoemeio, doisanosde-
pois. Ahistóriaaindanão tevefim. "Que-
remosmaisfilhos", completaa jornalista.
Para evitar conflitos, Vivian e Camila
não abremmão de um diálogo aberto
com as crianças para que saibam a
verdade. "Laura conhece toda a sua
história e se diz orgulhosa por viver na
nossa família", dizem. Essa relação de
afeto éprovadequeo amor realmente
transformaaspessoas.
"Ocomeçonão foi fácil,
masprocurei conversar
comaspequenaspara
quepudessemconstruir
novosvínculosafetivos."
JacquelineMendes,auxiliardeescritório
