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Jun/Jul | 2015 • N
o
17 • Ano 5 • REVISTA UNIMED BR
Américo Utumi
Ex-membro do Conselho da Aliança
Cooperativa Internacional (ACI), atual
assessor da Presidência do Serviço
Nacional de Aprendizagem do Coo-
perativismo no Estado de São Paulo
(Sescoop/SP) emembro do Conselho
Estadual de Segurança Alimentar,
Américo Utumi é profundo conhece-
dor do cooperativismo e acredita que
o modelo de negócio é “a terceira via
entre o capitalismo e o socialismo,
pois busca as características boas de
ambos. A cooperativa procura desen-
volver o lado social pela economia. O
capitalismo visa somente ao lucro.
A cooperativa visa ao bem-estar da
pessoa e o lucro é secundário, advin-
do como consequência.”
Dame Pauline Green
Pauline Green é a primeira mulher
eleita presidente da Aliança Coope-
rativa Internacional (ACI), em 2009,
cargo para o qual foi reeleita em
2013. Britânica, construiu uma con-
sistente carreira emórgãos governa-
mentais cooperativistas europeus e,
sob seu comando, a ACI começou a
colocar em prática, em 2012, o Pla-
no para uma Década Cooperativa.
Sua meta pessoal é alcançar o reco-
nhecimento do modelo de negócio
cooperativista dentre as instituições
globais, a fim de que o movimento
possa continuar crescendo e se ex-
pandindo. O título de Dame foi con-
cedido pela Rainha Elizabeth.
Saiba quem são os representantes
dos cinco continentes na Aliança
Cooperativa Internacional (ACI):
Stanley Charles Muchiri – África
Vice-presidente da ACI para a África desde 2003, preside a coo-
perativa Banco do Quênia e é especialista em gestão coopera-
tivista. “As cooperativas têm exercido importante papel como
modelo de negócio e podem ser vistas como parte da solução
para a diminuição de injustiças sociais, especialmente as rela-
cionadas ao gênero e aos jovens”, explica.
Ramón Imperial Zúñiga – Américas
Eleito vice-presidente da ACI para as Américas em 2009, é
presidente da Caixa Popular Mexicana, a maior cooperativa
de crédito da América Latina, e está à frente da presidência
da Cooperativa das Américas (região da Aliança Cooperativa
Internacional). Para o mexicano, “a parte essencial que distin-
gue uma cooperativa de qualquer empresa é a relação exis-
tente com seus cooperados, os quais são os proprietários da
cooperativa e, normalmente, os usuários dos serviços que ela
oferece, independentemente do setor econômico que a aten-
de. Essa relação de fidelidade é o nosso diferencial, porque
permite que o associado receba os benefícios de maneira
muito direta, podendo participar da organização e da admi-
nistração da própria cooperativa.”
Li Chunsheng – Ásia e Pacífico
Vice-presidente da Federação Chinesa das Cooperativas de
Abastecimento e Comercialização (ACFSMC, na sigla em in-
glês), que emprega 8 milhões de pessoas, também ocupou
diversos cargos importantes em organizações cooperativis-
tas. “Devemos deixar mais atrativas a marca e a imagem das
cooperativas e tornar a cooperação moda entre os jovens es-
tudantes”, acredita.
Dirk J. Lehnhoff – Europa
O alemão é vice-presidente da ACI para a Europa desde 2013
e começou a se envolver com o movimento cooperativista há
mais de 20 anos. Ele é co-chairman da Confederação Nacional
das Cooperativas de Crédito da Alemanha e da Confederação
das Cooperativas Alemãs (Raiffeisen), representando 20 mi-
lhões de cooperados. “Precisamos educar nossos jovens para
entenderem que há negócios baseados na cooperação, elucida.”