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Out/Nov | 2016 • N

o

25 • Ano 6 • REVISTA UNIMED BR

A

implementação da gestão da qualidade es-

tá atrelada a uma mudança de hábitos que,

muitas vezes, é entendida como um exces-

so de burocratização do negócio. Por isso, o processo

não é visto com bons olhos à primeira vista. Muitos

questionam a necessidade de um documento que re-

conheça a excelência da empresa. Uns acreditam em

modismo empresarial; outros, apostam emmais uma

modalidade supérflua para se obter mais um certifi-

cado, que ficará pendurado em uma parede, perdido

entre os demais.

A real importância está conectada a diversos fato-

res. Quem já passou pelo procedimento sabe que,

de início, não se trata de algo atraente. Mas para que

realmente serve uma certificação ISO 9001? Por que

investir em algo que possivelmente engessará os

processos?

A qualidade possibilita um diferencial competitivo

nas diversas áreas de negócios. Inserir os requisitos

da ISO no dia a dia empresarial é uma maneira de

alinhar objetivos, compartilhar fluxos e promover

melhorias contínuas.

“A organização se prepara melhor para gerenciar os

riscos, além de obter benefícios, como: maior com-

preensão dos aspectos do negócio, redução das

perdas indesejadas, abordagem sistemática com in-

teração entre as atividades, dentre outros”, destaca

Eduardo Ramos Ferraz, coordenador técnico da área

de healthcare da empresa de certificação DNV GL.

As vantagens variam conforme o modelo de negó-

cio. Na área da saúde, é a oportunidade de otimizar o

tratamento e reduzir a sinistralidade das operadoras

de planos de saúde e das unidades hospitalares. Isso

porque, de acordo com um estudo da Universidade

Federal de Minas Gerais, publicado em 2014, as pes-

soas ficam internadas o dobro do tempo necessário

em comparação com o tempo previsto pelo Diagno-

sis Related Groups (DRG), consumindo recursos da

organização e ficando mais suscetíveis a infecções,

o que gera malefícios à saúde do paciente e, conse-

quentemente, à empresa.

A pesquisa, realizada em Minas Gerais, é reflexo do

que acontece em todo o País, e a aplicação da qua-

lidade objetiva modificar essa realidade por meio

da organização dos processos. “Já existem estudos

que avaliam a efetividade de um sistema bem-im-

plementado na redução dos eventos adversos infec-

ciosos e não infecciosos e, consequentemente, na