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REVISTA UNIMED BR • N

o

25 • Ano 6 • Out/Nov | 2016

PELO MUNDO

Crianças que

chupam o dedo

ou roem as unhas são

menos propensas a alergias

Crianças que chupam o polegar ou roem as unhas são

menos propensas a terem alergias na vida adulta, de

acordo com um estudo da Universidade de Otago, na

Nova Zelândia, publicado na revista médica norte-ame-

ricana

Pediatrics.

As descobertas sustentam a teoria de

que a exposição a organismos microbianos nos primei-

ros anos de vida reduz o risco de desenvolver alergias. A

pesquisa registrou os hábitos de chupar o dedo e roer as

unhas de 1.037 crianças, quando elas estavam com cin-

co, sete, nove e 11 anos de idade. Anos depois, os pes-

quisadores realizaram testes cutâneos de alergia nos

participantes, quando eles estavam com 13 e 32 anos, e

descobriram que os testes de 49% dos participantes de

13 anos de idade, que não chuparam o dedo nem roeram

as unhas quando crianças, deram positivo para, pelo me-

nos, um tipo de alergia. No grupo dos que praticavam um

desses hábitos, essa taxa foi de 38%. Entre os que tinham

os dois hábitos, 31% eram alérgicos aos 13 anos. Os re-

sultados se mantiveram iguais com os participantes de

32 anos de idade, independentemente de fatores, como

o histórico familiar de alergias, a posse de animais de

estimação e o fato de terem sido amamentados. Assim,

o estudo “sugere que ser exposto a micróbios, quando

criança, reduz o risco de desenvolver alergias”, concluiu o

autor principal da pesquisa, Bob Hancox.

Epidemia de zika

acabará sozinha em três anos

De acordo com um artigo publicado por cientistas bri-

tânicos na revista

Science,

a epidemia de zika na Amé-

rica Latina provavelmente desaparecerá sozinha dentro

de, no máximo, três anos. Os pesquisadores do Imperial

College London afirmam ser improvável que uma nova

epidemia de zika de larga escala ocorra nos próximos

dez anos, embora possam surgir surtos menores. A ex-

plicação para o fim da epidemia é o fato de que as pes-

soas ficam imunes ao vírus após a primeira infecção. Isso

produz um fenômeno conhecido como “imunidade de

rebanho”: cada vez mais gente produz anticorpos e a epi-

demia atinge um estágio no qual o número de pessoas

suscetíveis à infecção é tão pequeno que a transmissão

não se sustenta em larga escala. Conforme os autores

do estudo, depois do fim da atual epidemia, serão ne-

cessários dez anos para que surja uma nova geração de

pessoas que nunca foram contaminadas. Segundo os

cientistas, se as projeções estiverem certas, os casos de

zika já terão uma redução substancial no fim de 2017,

ou antes. Para fazer o estudo, os pesquisadores usaram

todas as informações disponíveis sobre as epidemias de

zika e dengue no continente latino-americano e, a partir

daí, montaram ummodelo matemático que representa a

atual epidemia e futuras ondas de transmissão. “Usan-

do nosso modelo, previmos que a transmissão de larga

escala não vai recomeçar por, pelo menos, dez anos -

até que surja uma nova geração da população que não

foi exposta ao vírus zika. Isso espelha outras epidemias,

como a de chikungunya, nas quais vimos um surto ex-

plosivo seguido por longos períodos com poucos novos

casos”, disse o líder do estudo, Neil Ferguson, da Escola

de Saúde Pública do Imperial College London.