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Out/Nov | 2016 • N

o

25 • Ano 6 • REVISTA UNIMED BR

Aids avançou no Brasil

entre 2010 e 2015

O número de pessoas infectadas pelo vírus da aids voltou a subir no

Brasil, enquanto a Unaids - programa da Organização das Nações

Unidas (ONU) para combater a doença - alerta que os avanços pelo

mundo, nos primeiros dez anos do século 21, perderam força. Dados

publicados em julho pela entidade revelaram que, se 43 mil novos

casos eram registrados no Brasil, em 2010, a taxa subiu para 44 mil

em 2015. Em termos globais, a agência de combate à aids aponta

que o número de novas infecções pelo mundo caiu apenas de for-

ma modesta: de 2,2 milhões, em 2010, para 2,1 milhões em 2015.

O Brasil e a América Latina, porém, caminharam em uma direção

oposta. Hoje, são 36,7 milhões de pessoas vivendo com a doença

pelo mundo e 1,1 milhão de mortes. No total, a população que vive

com a enfermidade, no Brasil, passou de 700 mil para 830 mil, entre

2010 e 2015, com 15 mil mortes por ano. Segundo a Unaids, o Brasil

sozinho conta com mais de 40% das novas infecções dessa molés-

tia na América Latina. A organização destaca importantes avanços

na região, no tocante à contaminação de crianças, com uma queda

de 50% em apenas cinco anos. Mas, entre adultos, a Unaids alerta

para um aumento de casos de 2%, entre esses anos, atingindo um

total de 91 mil novas infecções por ano. Em pelo menos dez países

latino-americanos, no entanto, houve queda no número de novos

casos, incluindo Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. A ONU

espera acabar com a aids até 2030. Mas os últimos dados mostram

tendências contrárias. Em 35 anos, 35 milhões de pessoas morre-

ram no mundo por causa da doença e 78 milhões foram infectadas.

Apesar dos avanços, apenas 57% das pessoas contaminadas sabem

que são portadoras do vírus e somente 46% dos doentes, ou seja, 17

milhões de pessoas, têm acesso ao tratamento.

Obesidade reduz

expectativa de vida

em até dez anos

Pessoas com obesidade severa podem perder até dez anos de expec-

tativa de vida em razão dessa condição de saúde. Para aqueles com

obesidade moderada, a redução pode chegar a três anos e, pessoas

acima do peso, um ano. As conclusões são de um estudo publicado

na revista científica

The Lancet

ao avaliar 3,9 milhões de adultos e

concluir que o sobrepeso e a obesidade estão associados a um risco

maior de morte prematura. Segundo os autores, estar acima do peso

também aumenta a chance de doenças cardíacas, acidentes vascu-

lares cerebrais, doenças respiratórias e câncer. O risco de morte pre-

matura antes dos 70 anos de idade, entre as pessoas acima do peso

ou obesas, é três vezes maior em homens do que em mulheres. Para

realizar o estudo, os pesquisadores reuniram informações sobre as

causas da morte de 3,9 milhões de pessoas, em 189 análises anterio-

res feitas em vários continentes. No início do estudo, todos os parti-

cipantes tinham entre 20 e 90 anos, não eram fumantes e não por-

tavam nenhum tipo de doença crônica. A pesquisa foi feita com base

nos participantes que viveram, pelo menos, mais cinco anos após o

início da análise. De acordo com a Organização Mundial da Saúde

(OMS), 1,3 bilhão de adultos, em todo o mundo, estão acima do peso,

enquanto outros 600 milhões de indivíduos são obesos.

Adoçantes

artificiais

aumentam apetite

Uma pesquisa liderada pela Universidade de

Sydney e publicada na revista especializada

Cell Metabolism

c

onseguiu recentemente

relacionar alterações neuronais ao consumo

de adoçantes artificiais, provando que eles

provocam o aumento do apetite e incenti-

vam a ingestão de mais calorias. Apesar de

ter menos calorias, os adoçantes causaram

o aumento de peso nos animais testados

na pesquisa. “Depois da exposição crônica

a uma dieta com adoçante à base de su-

cralose, vimos que os animais começaram

a comer mais. Descobrimos que dentro do

cérebro a sensação de doce é similar ao do

conteúdo energético. Ao perder o equilíbrio

entre o doce e a energia por certo período

de tempo, o cérebro calibra novamente e

aumenta o total de calorias consumidas”,

explicou o professor Grey Neely, da Univer-

sidade de Sydney, em publicação no jornal

Folha de S.Paulo.

A primeira parte do estudo

foi feita commoscas que pousam em frutas.

Após serem expostas por cinco dias a ado-

çantes artificiais, elas aumentaram em 30%

o consumo de calorias com relação à dieta

anterior, à base de frutas (açúcar natural). A

segunda parte da análise foi realizada com

ratos que, depois de sete dias consumin-

do adoçantes artificiais, passaram a comer

mais e tiveram alterações neuronais. Outros

efeitos secundários são: hiperatividade, in-

sônia e redução da qualidade de sono. Esse

é o primeiro estudo que identifica por que

os adoçantes artificiais podem estimular o

apetite.