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REVISTA UNIMED BR • N

o

17 • Ano 5 • Jun/Jul | 2015

Atitude

Seis minutos para

fazer a diferença

Doação de sangue salva a vida de quem recebe

e transforma a de quem se torna doador

Q

uando se submeteu a

uma cirurgia, 34 anos

atrás, a primeira coisa que

Afonso Monteiro viu ao

despertar da anestesia foi umfras-

co em sua veia. Ele perdeu muito

sangue durante o procedimento

e precisou de uma transfusão.

A cena marcou sua vida para

sempre. “Isso me tocou muito.

Alguém que não conheço me

ajudou. Então decidi que dali em

diante também ajudaria pessoas

que eu nem sei quem são”, conta o

professor de educação física.

Hoje, com 63 anos, continua

cumprindo a promessa que fez

a si mesmo e pretende mantê-

la até os 69 anos – idade limite

para ser doador. “Eu me sinto

Doador de sangue há 34 anos, Afonso

Monteiro incentiva campanhas

Priscila Pisoni, colaboradora da Unimed Lajeado,

perdeu o medo de agulha e se tornou doadora assídua

muito emocionado. Gosto tanto

de doar sangue que me visto o

tempo todo com camisetas in-

centivadoras da doação. Eu que

pinto as mensagens”, diz.

A vontade de retribuir o ges-

to que ajudou a salvar sua vida

estimula Monteiro a seguir há-

bitos saudáveis – pratica ativi-

dades físicas, mantém uma ali-

mentação equilibrada e não tem

vícios. “Uso o esporte como um

auxiliar da saúde, porque tenho

de doar um sangue saudável, o

melhor possível para quem vai

receber”, justifica. “Pratico es-

portes há 51 anos e já ganhei

medalhas e troféus, mas o prê-

mio mais bonito foi a medalha

por ser doador de sangue, que

recebi da Câmara Municipal de

São José dos Campos”, lembra.

Monteiro faz parte de uma pe-

quena parcela da população

brasileira que tem o hábito de

doar sangue. Segundo o Minis-

tério da Saúde, atualmente, 1,6%

dos brasileiros fazem sua doação.

O índice está dentro do recomen-

dado pela Organização Mundial

de Saúde (OMS) para a autossufi-

ciência dos países, que é de 1% a

3% da população. No entanto os

estoques estão sempre no limi-

te do abastecimento e caem em

períodos de férias, festas e feria-

dos prolongados. Apesar de haver

diminuição em procedimentos

cirúrgicos nessas épocas, tam-

bém existe queda no número de